
Perkins Rocha, advogado e coordenador jurídico da oposição venezuelana, foi preso na última terça-feira (27) pelo regime de Nicolás Maduro. A prisão de Rocha foi confirmada pela líder opositora María Corina Machado, que expressou sua indignação e preocupação com a situação.
Rocha, que representava a campanha de María Corina Machado e Edmundo González perante o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), foi detido em circunstâncias ainda não esclarecidas pelo governo venezuelano. Segundo informações, ele foi levado para o Centro Penitenciário El Helicoide, conhecido por ser um dos maiores centros de tortura da Venezuela.
A esposa de Rocha, Constanza Cipriani, informou que recebeu uma mensagem de texto na madrugada de quinta-feira (29), informando que seu marido foi imputado com cinco graves acusações: terrorismo, traição à pátria, conspiração, associação para delinquir e incitação ao ódio. Cipriani destacou que Rocha não teve direito a uma defesa privada e permanece isolado de sua família e advogados.
María Corina Machado denunciou a prisão de Rocha como mais um exemplo da repressão do regime de Maduro contra a oposição. "Eles tentam nos quebrar, nos desfocar e nos aterrorizar. Seguimos em frente, por Perkins, por todos os prisioneiros e perseguidos, e por toda a Venezuela. Seremos livres", declarou Machado em uma rede social.
A comunidade internacional tem pressionado as autoridades venezuelanas a garantirem a transparência do processo eleitoral e a libertação de presos políticos. No entanto, quase um mês após as eleições presidenciais, o CNE ainda não publicou as atas das urnas, aumentando as tensões no país.
A prisão de Perkins Rocha é vista como um movimento estratégico do regime de Maduro para silenciar vozes dissidentes e manter o controle sobre o processo eleitoral. A situação de Rocha e de outros presos políticos continua a ser monitorada por organizações de direitos humanos e pela comunidade internacional.
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