
Um relatório recente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) revelou movimentações financeiras suspeitas que indicam o possível envolvimento de uma autoridade com foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal (STF) em um esquema de venda de decisões judiciais. A investigação, conduzida pela Polícia Federal, aponta para a participação de assessores de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no esquema.
O inquérito, que já estava em andamento, ganhou novos contornos após a análise das transações financeiras suspeitas. Segundo o Coaf, os indícios são robustos o suficiente para justificar a continuidade das investigações em instâncias superiores. O caso agora está sob a responsabilidade do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que deverá decidir os próximos passos da apuração.
A suspeita de corrupção no STJ não é nova, mas a confirmação de envolvimento de uma autoridade com foro privilegiado eleva a gravidade do caso. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) solicitaram que o inquérito seja encaminhado ao STF, única corte competente para investigar crimes envolvendo ministros do STJ.
O nome da autoridade envolvida está sendo mantido em sigilo para não prejudicar as investigações. No entanto, fontes próximas ao caso afirmam que as provas coletadas até o momento são contundentes e podem levar a desdobramentos significativos no cenário jurídico brasileiro.
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