Belém lidera arrecadação entre capitais brasileiras, mas enfrenta desafios de receita por habitante

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Belém, capital do Pará, desponta como a cidade brasileira que mais aumentou sua arrecadação em um ano, registrando um crescimento de 22% em sua receita líquida. Entre março de 2024 e fevereiro de 2025, a arrecadação totalizou R$ 5,088 bilhões, ultrapassando pela primeira vez a marca de R$ 5 bilhões. Esse desempenho foi impulsionado pelo evento global COP 30, que será realizado na cidade em novembro e mobilizou recursos públicos em obras de infraestrutura.

Apesar do crescimento meteórico, Belém ainda enfrenta desafios significativos. A cidade permanece como a capital com menor receita por habitante, arrecadando apenas R$ 3.638 por morador ao ano. Esse valor é consideravelmente inferior ao de outras capitais de porte semelhante, como Porto Alegre, que arrecada R$ 6.784 por habitante.

O prognóstico para 2025 é positivo, com ganhos extraordinários previstos, especialmente no setor de serviços. No entanto, especialistas apontam que a arrecadação pode desacelerar em 2026 devido a fatores como baixos índices de saneamento básico e alta taxa de informalidade na população ocupada.

Belém ocupa atualmente a 14ª posição no ranking das capitais que mais arrecadam, superando Maceió, mas ainda enfrenta desafios para se tornar mais atrativa para negócios e melhorar sua receita per capita.

Belém é a capital mais pobre entre as 27 capitais brasileiras

Belém carrega o título de uma das cidades mais emblemáticas da Amazônia, mas também enfrenta um desafio significativo: é considerada a capital mais pobre entre as 27 capitais brasileiras. Apesar de avanços recentes em arrecadação, a cidade ainda luta contra indicadores econômicos e sociais que refletem desigualdades profundas.

Além disso, a cidade enfrenta desafios estruturais que dificultam o crescimento econômico e a qualidade de vida de seus moradores. Problemas como saneamento básico precário, alta taxa de informalidade no mercado de trabalho e baixos investimentos em infraestrutura são apontados como fatores que contribuem para a posição desfavorável de Belém em rankings nacionais.

A situação de Belém é um reflexo das desigualdades regionais que ainda persistem no Brasil, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. Para muitos, a capital paraense simboliza tanto os desafios quanto as oportunidades de uma região rica em recursos naturais, mas que ainda busca seu lugar de destaque no cenário nacional.

Enquanto isso, os moradores de Belém seguem enfrentando as adversidades do dia a dia, com a esperança de que investimentos e políticas públicas possam transformar a realidade da cidade e garantir um futuro mais próspero para todos.

*Com informações do Blog do Zé Dudu