
Em uma decisão controversa, a Casa da Moeda do Brasil contratou, sem licitação, a Marsam Refinadora de Metais, uma empresa ligada ao empresário Dirceu Sobrinho, conhecido como “rei do ouro” e que já foi preso pela Polícia Federal (PF). O contrato, no valor de R$ 683 mil, foi assinado em março deste ano e tem vigência de um ano.
A Marsam foi escolhida para refinar prata utilizada na produção de moedas comemorativas e medalhas com acabamento especial. A dona da empresa, Sarah Westphal, é filha de Dirceu Sobrinho, que fez parte da companhia até 2019. Sobrinho foi preso em 2022, suspeito de envolvimento em garimpo ilegal em terras indígenas do Mato Grosso e do Pará.
A investigação revelou que a FD Gold, uma empresa de Sobrinho, movimentou R$ 2,1 bilhões de forma atípica entre janeiro de 2018 e setembro de 2019, segundo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
A Casa da Moeda afirmou que a contratação seguiu todos os preceitos legais, justificando que a licitação aberta na época foi fracassada. A empresa pública também destacou que não comprou metais nobres da Marsam, mas contratou seus serviços exclusivamente para o refino da prata, que é de propriedade da Casa da Moeda.
A Marsam até o momento não se manifestou sobre o caso. O espaço segue aberto para eventuais esclarecimentos.
Commentaires