
Os Correios, sob a gestão do advogado Fabiano Silva dos Santos, enfrentam uma crise financeira sem precedentes. Entre janeiro e setembro de 2024, a estatal registrou um prejuízo recorde de R$ 2 bilhões, o maior da história da empresa para esse período. Caso o ritmo atual se mantenha, o déficit pode superar os R$ 2,1 bilhões registrados em 2015, durante o governo de Dilma Rousseff.
A situação financeira crítica levou os Correios a implementarem um teto de gastos de R$ 21,96 bilhões para 2024, uma medida comunicada em outubro. Além disso, a estatal revisou suas projeções de receita para o ano, reduzindo-as de R$ 22,7 bilhões para R$ 20,1 bilhões, representando um crescimento modesto de apenas 1,5% em relação a 2023.
Entre as ações determinadas para conter o rombo nas contas estão a suspensão de contratações temporárias por 120 dias, a renegociação de contratos com uma redução mínima de 10% nos valores em vigor e o encerramento de contratos, com prorrogações ocorrendo apenas se resultarem em economia comprovada. Mesmo com essas medidas, a estatal ainda estima um déficit de pelo menos R$ 1,7 bilhão para o próximo ano.
Em comunicado, os Correios justificaram que essas medidas são indispensáveis para evitar o risco de insolvência, ou seja, a incapacidade de honrar compromissos financeiros sem auxílio do Tesouro Nacional. "Tais medidas visam, fundamentalmente, recompor o saldo orçamentário e retomar o equilíbrio econômico-financeiro", destaca trecho do documento.
A gestão de Fabiano Silva dos Santos tem sido alvo de críticas, com especialistas apontando que algumas decisões tomadas pelo presidente agravaram a situação orçamentária da instituição. Com a necessidade de reverter os prejuízos e evitar um colapso financeiro, a sustentabilidade dos Correios está em xeque.
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