Crise do IOF: Congresso dá prazo de 10 dias para governo apresentar alternativa
- Luana Valente
- 3 de jun.
- 2 min de leitura
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma entrevista coletiva nesta terça-feira (3), no Palácio do Planalto, e negou que tenha havido erro por parte do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao anunciar o decreto.

A decisão do governo federal de elevar as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) gerou forte repercussão negativa nos últimos dias, provocando reações intensas no Congresso Nacional e no setor econômico. Diante da pressão de parlamentares e do risco de derrubada do decreto, o Congresso estabeleceu um prazo de 10 dias para que o governo apresente uma alternativa viável.
Lideranças do Legislativo consideram que o aumento do IOF pode impactar negativamente a economia, elevando custos para empresas e cidadãos. A medida pegou muitos parlamentares de surpresa, e até mesmo aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticaram a falta de diálogo antes da decisão.
Em resposta, o governo tem buscado alternativas para amenizar os impactos da medida e evitar um confronto direto com o Congresso. O presidente Lula se reunirá com líderes partidários nos próximos dias para tentar construir um consenso e evitar a revogação do decreto por meio de um Projeto de Decreto Legislativo (PDL), que já está sendo articulado por alguns parlamentares.
Economistas avaliam que o aumento do IOF pode ter efeitos colaterais na política monetária e na confiança dos investidores, dificultando a recuperação econômica do país. Já setores do governo defendem que a medida é necessária para equilibrar as contas públicas e corrigir distorções no sistema tributário.
Com o prazo de 10 dias imposto pelo Congresso, o governo corre contra o tempo para apresentar uma solução que contemple as demandas dos parlamentares sem comprometer os objetivos fiscais. A expectativa é que sejam propostas mudanças na estrutura tributária, incluindo um possível pacote de medidas que possa substituir o aumento do IOF.
O desfecho da crise do IOF dependerá da capacidade de negociação do governo e da disposição do Congresso em encontrar um meio-termo. Caso um acordo não seja alcançado dentro do prazo estipulado, a medida pode ser revogada, gerando um novo impasse político e econômico.
Lula convoca coletiva
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma entrevista coletiva nesta terça-feira (3), no Palácio do Planalto, para abordar a crise gerada pelo aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Durante a coletiva, Lula negou que tenha havido erro por parte do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao anunciar o decreto, mas admitiu que faltou diálogo prévio com lideranças do Congresso antes da decisão. Além disso, destacou que a medida foi tomada em um "momento político" e que agora busca um consenso com parlamentares para evitar a derrubada total do decreto.
"Elas contribuem para harmonização da política fiscal com a monetária, buscam reduzir a volatilidade cambial, e, com isso, criam condições para trazer maior estabilidade macroeconômica e favorecer investimentos de longo prazo no país", defende o Ministério da Fazenda
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