
Em uma declaração polêmica, João Brant, Secretário de Políticas Digitais do governo Lula, criticou duramente a decisão da Meta de encerrar o sistema de checagem de fatos em suas plataformas, como Facebook e Instagram. Para Brant, essa medida representa um "convite à extrema direita" para utilizar essas redes como plataformas de ativismo político.
A Meta, sob a liderança de Mark Zuckerberg, anunciou que substituirá as agências de checagem de fatos por um sistema de notas da comunidade, semelhante ao utilizado pelo X (antigo Twitter). Zuckerberg justificou a decisão afirmando que as agências de checagem são "enviesadas politicamente" e "destruíram a confiança" dos cidadãos. Em uma declaração controversa, ele afirmou que "países latino-americanos têm tribunais secretos que podem ordenar que as empresas retirem as coisas silenciosamente".
Brant argumentou que a decisão da Meta está alinhada com a administração do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e que a empresa pretende atuar politicamente no âmbito internacional contra países que buscam equilibrar direitos no ambiente online, como Brasil, membros da União Europeia e Austrália.
Zuckerberg, por outro lado, defende que as mudanças são necessárias para proteger a liberdade de expressão. Ele anunciou uma série de medidas para garantir que o Facebook e o Instagram voltem às suas "raízes e origens" de liberdade de expressão. Entre essas medidas estão a implementação das notas da comunidade, que permitirão aos próprios usuários complementar publicações com novas informações ou denunciar eventuais mentiras. Além disso, as redes sociais terão políticas de conteúdo "simplificadas" e sem restrições radicais contra tópicos controversos, como gênero e imigração.
A decisão da Meta de priorizar a liberdade de expressão individual sobre a proteção de outros direitos individuais e coletivos impactou o governo de Lula uma vez que defendem a regulação do ambiente digital.
Comments