
Neri Geller, ex-secretário nacional de Política Agrícola que foi exonerado nesta terça-feira (11), em meio à crise provocada pelas suspeitas envolvendo a compra de arroz pelo governo Lula. Denúncias entorno do suspeito leilão bilionário e questionamento quanto a capacidade técnica dos vencedores acabaram obrigando o governo a cancelar o certame.
Antes de sua saída, Geller tentou ocultar uma informação importante: a de manter relações profissionais com o sócio-administrador da Foco Corretora de Grãos, Robson Luiz Almeida de França, que também é seu advogado em ações na Justiça Eleitoral de Mato Grosso, de acordo com informações veiculadas pela VEJA.
À revista, Geller afirmou ainda que o advogado prestou serviços eleitorais para ele e para o PP de Mato Grosso depois de ter deixado a assessoria de seu gabinete de deputado e que não tem nada a esconder.
“Ele trabalhou comigo até 2020. Falei com ele recentemente, e ele até brincou dizendo que eu não pago mais o salário dele”, afirmou Geller. No entanto, o posicionamento se contradiz com os processos na Justiça.
França também alega que não foi o único advogado de Geller nos processos e que a participação da empresa no leilão não tem conflito de interesses.
Porém, vale frisar que há no dia 14 de maio, França apresentou as alegações finais em um processo de prestação de contas do PP de Mato Grosso, partido que Geller era presidente. O escritório de França também está habilitado para atuar como advogado em ao menos outros 30 processos.
Entre representações, prestações de contas de campanha e do partido, França está como atuante nos casos desde o início de 2020. A maioria dos casos estão arquivados.
*Com informações da Revista Veja
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