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Empresa investigada por corrupção mantém contrato milionário com a COP30



EFE/ Isaac Fontana
EFE/ Isaac Fontana

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), marcada para ocorrer em Belém (PA), está no centro de um impasse envolvendo contratos públicos e suspeitas de corrupção. A empresa J.A Construções, investigada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), mantém um contrato ativo de R$ 123 milhões com o governo do Pará para obras ligadas ao evento.


O consórcio Canal Benguí, formado pela J.A Construções e OCC Participações e Construções, venceu em agosto de 2023 uma licitação para a adequação dos canais Benguí, Nova Marambaia e Rua das Rosas, no bairro do Mangueirão, em Belém. A obra, que integra o pacote de intervenções da COP30, já está com 87% dos trabalhos concluídos e é financiada por recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).


O contrato foi assinado por Andrea Dantas, esposa do deputado federal Antônio Doido (MDB-PA), e pelo secretário de Obras Públicas do Pará, Ruy Cabral — ambos alvos de investigação da PGR. A mesma empresa também participou de uma licitação de R$ 142 milhões, posteriormente cancelada após a prisão do policial militar Francisco Galhardo, acusado de realizar saques milionários e de manter contato com Cabral no mesmo dia da adjudicação.


Segundo a PGR, há indícios de que as empresas J.A Construções e JAC Engenharia fazem parte de um esquema de corrupção envolvendo servidores públicos e políticos do estado. O deputado Antônio Doido, o secretário Ruy Cabral e o PM Galhardo são apontados como integrantes de uma suposta organização criminosa voltada à prática de fraudes em licitações.


Em nota, o governo do Pará afirmou que todas as contratações seguiram os trâmites legais e que os documentos estão disponíveis nos portais oficiais. O BNDES, por sua vez, declarou que sua atuação se limita ao acompanhamento técnico e financeiro dos projetos e que não recebeu qualquer denúncia formal sobre irregularidades.


A defesa do deputado Antônio Doido se manifestou sobre o vazamento de informações, classificando-as como “ilações” e informou que o parlamentar está à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos.

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