Governador da Bahia gera polêmica ao sugerir que Bolsonaro e apoiadores sejam levados "para a vala"
- Luana Valente
- 5 de mai.
- 2 min de leitura

Durante a inauguração de uma escola no município de América Dourada, na Bahia, na última sexta-feira (2), o governador Jerônimo Rodrigues (PT) fez declarações que rapidamente se tornaram alvo de críticas e repercussão nacional. Em seu discurso, Rodrigues mencionou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus eleitores, sugerindo que poderiam ser levados "para a vala".
A fala do governador ocorreu enquanto ele criticava Bolsonaro e se referindo ao período da pandemia de COVID-19. "Tivemos um presidente que sorria daqueles que estavam na pandemia sentindo falta de ar. Ele vai pagar essa conta dele e quem votou nele podia pagar também a conta. Fazia no pacote. Bota uma 'enchedeira'. Sabe o que é uma 'enchedeira'? Uma retroescavadeira. Bota e leva tudo para a vala", disparou Rodrigues.
A declaração gerou forte reação por parte de Bolsonaro, que classificou o discurso como "carregado de ódio" e questionou a ausência de reações institucionais. "Esse tipo de discurso, vindo de uma autoridade de Estado, não apenas normaliza o ódio como incentiva o pior: a violência política, o assassinato moral e até físico de quem pensa diferente. É a institucionalização da barbárie com o verniz de 'liberdade de expressão progressista'", escreveu o ex-presidente em suas redes sociais.
Parlamentares da oposição também se manifestaram. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) acusou Rodrigues de adotar um discurso extremista, enquanto o deputado estadual Diego Castro (PL) protocolou uma representação no Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que o governador extrapolou os limites do discurso político.
Diante da repercussão, Jerônimo Rodrigues se pronunciou nesta segunda-feira (5), afirmando que suas palavras foram retiradas de contexto e que não teve intenção de desejar a morte de ninguém. "Se o termo 'vala' foi pejorativo ou forte, eu peço desculpas. Não tenho problemas em registrar se houve excessos na palavra", declarou o governador durante uma visita às obras do Teatro Castro Alves, em Salvador.
Comments