
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu incluir a previdência dos militares no pacote de corte de gastos do governo federal, com o objetivo de zerar o déficit público em 2025. A medida enfrenta resistência dentro das Forças Armadas, que aceitam apenas mudanças pontuais no sistema previdenciário.
Entre as propostas em discussão estão o fim da pensão vitalícia para filhas solteiras de militares e a pensão por morte ficta, concedida às esposas de militares expulsos das Forças Armadas por irregularidades. Essas mudanças são vistas como simbólicas e de pouco impacto financeiro, mas representam um passo na direção de ajustes mais amplos.
O Tribunal de Contas da União (TCU) já havia alertado para a necessidade de reformar o sistema de proteção social dos militares, que atualmente arrecada cerca de R$ 9,1 bilhões, mas gera um gasto de R$ 58,8 bilhões. Em 2019, uma reforma aumentou o tempo de serviço e a alíquota de contribuição dos militares, mas manteve ou melhorou alguns benefícios.
A inclusão do Ministério da Defesa no pacote de cortes foi uma decisão estratégica de Lula, após arbitrar cortes menores em ministérios sociais. O ministro da Defesa, José Múcio, deve se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir as alterações propostas.
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