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Investigada por elo com PCC se reuniu com Galípolo e Padilha



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Agendas oficiais do governo federal revelam que representantes da empresa Reag Investimentos — atualmente investigada por supostos vínculos com o Primeiro Comando da Capital (PCC) — participaram de reuniões com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Os encontros ocorreram em diferentes momentos entre 2024 e 2025, conforme registros públicos.


Reag Investimentos sob investigação


A Reag Investimentos é alvo da Operação Carbono Oculto, deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo e pela Receita Federal, que apura um esquema bilionário de lavagem de dinheiro envolvendo o PCC. A empresa é suspeita de estruturar e administrar fundos de investimento usados por Mohamad Hussein Mourad, apontado como operador financeiro da facção criminosa.


João Carlos Falpo Mansur, presidente do Conselho de Administração da Reag, é citado nas investigações como responsável por “dinâmicas fraudulentas” em fundos como Anna, Hans 95 e Mabruk II, além da BK Instituição de Pagamento. Mourad, por sua vez, é dono da refinaria Copape, também investigada por lavagem de dinheiro.


Reuniões com autoridades


Em 11 de agosto, Mansur foi recebido por Gabriel Galípolo no Banco Central. A pauta oficial do encontro indicava “contribuições para estratégias de governo e políticas públicas”. A Reag, que afirma gerir cerca de R$ 299 bilhões, é considerada a maior gestora independente do país, com ações negociadas na BK.


Já Alexandre Padilha se reuniu com representantes da Reag em 14 de novembro do ano passado, quando ainda ocupava a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência. O encontro envolveu também empresários chineses e tratava de temas ligados à mineração, em preparação para a visita do presidente Xi Jinping ao Brasil. Padilha afirmou que a reunião foi registrada oficialmente e fazia parte de uma série de encontros com instituições chinesas.


Além das reuniões com Galípolo e Padilha, há registros de encontros da Reag com o Ministério dos Transportes, o Ministério do Desenvolvimento Agrário, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Superintendência de Seguros Privados (Susep).


Embora os encontros estejam dentro das atribuições institucionais dos agentes públicos — que frequentemente recebem representantes do mercado financeiro — o fato de a empresa estar sob investigação levanta questionamentos sobre os critérios de interlocução com entidades privadas. Até o momento, não há indícios de envolvimento direto das autoridades com os crimes investigados.



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