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Juízes suspeitos de vendas de sentença colocam tornozeleira eletrônica com 12 dias de atraso

Foto do escritor: Luana Valente Luana Valente

Reprodução: fotomontagem


Cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS), investigados por suspeita de venda de sentenças, passaram a ser monitorados por tornozeleiras eletrônicas nesta quarta-feira (6). A medida foi implementada com 12 dias de atraso em relação à ordem judicial emitida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no âmbito da Operação Ultima Ratio.


Os magistrados Sérgio Fernandes Martins, Vladimir Abreu da Silva, Alexandre Aguiar Bastos, Sideni Soncini Pimentel e Marcos José de Brito Rodrigues, além do desembargador aposentado Júlio Roberto Siqueira Cardoso, são acusados de trocar decisões judiciais por propina. A investigação, conduzida pela Polícia Federal, também envolve servidores públicos, advogados e empresários.


A operação, deflagrada em 24 de outubro, visa apurar crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de documentos públicos. Além do uso das tornozeleiras eletrônicas, os desembargadores foram afastados de suas funções por 180 dias, proibidos de acessar órgãos públicos e de se comunicarem com outros investigados.


O caso foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), sob a responsabilidade do ministro Cristiano Zanin. A defesa dos investigados ainda não se manifestou sobre as acusações.


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