
Durante a celebração dos 45 anos do Partido dos Trabalhadores (PT), realizada no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma defesa pública de José Dirceu, Delúbio Soares e João Vaccari, figuras centrais do partido que foram condenadas e presas nos escândalos do mensalão e da Lava-Jato.
Lula destacou a lealdade dos três ex-dirigentes, que se recusaram a firmar acordos de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF). Em seu discurso, o presidente afirmou: "O Zé Dirceu sabe o que é ser vítima da mentira. O companheiro Delúbio também sabe. O companheiro Vaccari não está aqui hoje [...] Eles primeiro contam mentiras para tentar nos destruir. Eu sei o que eles fizeram comigo", referindo-se aos 580 dias que passou preso em Curitiba entre 2018 e 2019.
O evento, que ocorreu no centro do Rio de Janeiro, foi aberto ao público e contou com a presença de militantes e simpatizantes do partido. Diferente da comemoração do ano anterior, que teve ingressos vendidos por até R$ 20.000, a festa deste ano foi gratuita, mas exigiu cadastro prévio.
José Dirceu e Delúbio Soares foram presos durante o julgamento do mensalão, enquanto Dirceu e Vaccari enfrentaram novas prisões no âmbito da Lava-Jato. Apesar das condenações, os três continuaram filiados ao PT e mantiveram sua postura de não colaborar com as investigações por meio de delações.
Durante o ato, Lula também fez questão de lembrar o que considera "injustiças" enfrentadas por seus aliados e comparou suas experiências de prisão com as deles. O presidente ressaltou a importância da resistência e da fidelidade ao partido, exaltando a postura dos três ex-dirigentes como exemplo de lealdade e compromisso com a causa.
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