
Em um movimento que surpreendeu o mercado financeiro, o dólar fechou nesta quarta-feira (18) com a maior cotação da história, atingindo R$ 6,26. A moeda americana registrou uma alta de 2,82%, a maior variação percentual desde novembro de 2022.
Analistas apontam que a disparada do dólar é resultado de uma combinação de fatores, com destaque para a desconfiança em relação ao compromisso fiscal do governo brasileiro. Recentemente, o governo enviou ao Congresso Nacional um pacote de cortes de gastos, mas as medidas não foram suficientes para acalmar os mercados. A percepção de que o governo não pretende avançar significativamente na contenção de despesas foi reforçada por declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Além disso, a decisão do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, de cortar novamente a taxa básica de juros do país em 0,25 ponto percentual, também contribuiu para a valorização do dólar.
O impacto foi sentido também na bolsa de valores brasileira, a B3, onde o Ibovespa fechou em queda de 3,15%, refletindo o clima de pessimismo entre os investidores.
A alta do dólar tem implicações diretas na economia brasileira, afetando desde o preço de produtos importados até a inflação. Especialistas recomendam cautela e atenção às próximas movimentações do mercado.
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