
A recente fuga de mais de 2 mil presos que não retornaram aos presídios após a tradicional "saidinha de Natal" gerou uma onda de críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Deputados da oposição responsabilizam diretamente o presidente pela situação, alegando falhas na gestão da segurança pública.
De acordo com dados divulgados, 49.095 presos de 16 estados e do Distrito Federal foram beneficiados com a saída temporária entre o final de 2024 e o início de 2025. Desses, 2.131 não retornaram, representando 4,3% do total. A "saidinha", um benefício previsto na Lei de Execução Penal, permite que presos em regime semiaberto saiam temporariamente para visitar familiares em datas comemorativas.
A oposição critica a decisão do governo de impor sigilo de cinco anos sobre o número de fugas registradas em presídios brasileiros no ano de 2023. Segundo informações do jornal Metrópoles, o Ministério da Justiça e Segurança Pública negou acesso aos dados solicitados via Lei de Acesso à Informação (LAI).
O líder da oposição na Câmara, deputado Eduardo Leite, afirmou que a falta de transparência e a má gestão do sistema prisional são evidências de um governo despreparado para lidar com a segurança pública. "O governo Lula precisa assumir a responsabilidade por essas fugas e tomar medidas imediatas para garantir a segurança da população", declarou Leite.
Em resposta, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, defendeu a política de saidinhas, argumentando que ela é um direito dos presos e que a maioria retorna aos presídios conforme previsto. "Estamos trabalhando para melhorar a segurança e a fiscalização durante essas saídas temporárias", afirmou o ministro.
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