
O ministro Cristiano Zanin, atual presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), tem sido alvo de atenção e críticas devido à sua atuação no caso envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Zanin, que ganhou notoriedade como advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a Operação Lava Jato, agora enfrenta acusações de adotar métodos que anteriormente criticava.
Durante a Lava Jato, Zanin foi um crítico ferrenho da celeridade e das circunstâncias em que os processos contra Lula foram conduzidos. Ele frequentemente denunciava o que chamava de "atropelos processuais" e "violação de isonomia" no tratamento dado às defesas em comparação à acusação. No entanto, no caso de Bolsonaro, a previsão é de um julgamento acelerado, com conclusão ainda este ano, sob a justificativa de evitar contaminação política antes das eleições presidenciais de 2026.
A defesa de Bolsonaro já manifestou intenção de questionar os prazos e métodos adotados na tramitação do caso. O processo está sob responsabilidade da Primeira Turma do STF, composta por Zanin e outros ministros, como Alexandre de Moraes e Flávio Dino. Curiosamente, os ministros indicados por Bolsonaro, Kassio Nunes Marques e André Mendonça, não fazem parte da turma que julgará o caso.
Zanin, que anteriormente criticava a rapidez com que os processos de Lula tramitavam no TRF-4, agora enfrenta acusações de aplicar uma abordagem semelhante no caso de Bolsonaro. Durante a Lava Jato, ele chegou a questionar publicamente a "celeridade ímpar" dos julgamentos e a falta de isonomia no tratamento processual.
O ministro não se manifestou até o fechamento desta edição.
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