Prefeito de São Paulo oficializou exoneração, após ex-secretária articular chapa contrária à sua reeleição

Irritado com o protagonismo da integrante da cúpula de sua administração na articulação contra sua própria reeleição, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) oficializou, na noite de ontem (9), a demissão de Marta Suplicy do cargo de secretária municipal de Relações Internacionais de São Paulo. A formalização da perda da boquinha mensal de mais de R$ 32 mil brutos para a ex-prefeita ignora o apelo de Marta Suplicy para que o ato fosse publicado como “a pedido”.
A Portaria nº 36, publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (10), não traz o termo “a pedido”, nem mesmo a citação de que a demissão ocorreu “em comum acordo”, como chegou a informar a Secretaria Especial de Comunicação da Prefeitura de São Paulo, em nota divulgada ontem, à imprensa, sobre a reunião entre Nunes e Marta. A ex-secretária chegou a publicar carta de demissão.
A ex-petista articula seu retorno ao Partido dos Trabalhadores (PT), para ser vice da chapa do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). A trajetória de Marta Suplicy passa pelo voto sim ao impeachment da petista Dilma Rousseff, em 2016, quando ingressou no MDB, desgarrou-se da esquerda, firmando vínculo político com o prefeito aliado ao rival do presidente Lula (PT), Jair Bolsonaro (PL).
Ainda no cargo de secretária, Marta se reuniu com Lula, na segunda-feira (8), no Palácio do Planalto, quando sinalizou aceitar o convite para voltar ao PT e para ser vice de Boulos.
Veja a portaria com a demissão de Marta Suplicy:

Diária do Poder
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