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Oposição intensifica investidas na CPMI do INSS e mira figuras próximas ao governo Lula



Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) iniciou seus trabalhos com forte tensão política e mais de 800 requerimentos protocolados. A oposição, que conseguiu assumir o comando da comissão com o senador Carlos Viana (Podemos-MG) na presidência e o deputado Alfredo Gaspar (União-AL) na relatoria, tem adotado uma estratégia agressiva para convocar nomes ligados ao governo federal e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


Entre os principais alvos está José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão de Lula e dirigente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi). A entidade está no centro das investigações sobre um esquema bilionário de descontos indevidos em aposentadorias e pensões, que teria movimentado cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, segundo estimativas da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União A. Frei Chico é citado em pelo menos oito requerimentos, sendo seis de convocação obrigatória para depor.


Outro nome recorrente é o ex-ministro da Previdência Carlos Lupi, que deixou o cargo após a revelação das fraudes. Ele é alvo de 15 requerimentos — 11 de convocação e quatro de quebra de sigilo A D. A oposição também quer ouvir os atuais ministros Wolney Queiroz (Previdência Social), Ricardo Lewandowski (Justiça), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e Vinícius Marques de Carvalho (Controladoria-Geral da União).


Além disso, Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, sócio de 22 empresas supostamente envolvidas no esquema, é citado em ao menos 12 pedidos de convocação.


A ofensiva da oposição ocorre em meio à tentativa do governo de reorganizar sua base dentro da CPMI. Após perder o controle da presidência e da relatoria, o Palácio do Planalto montou uma frente para conter os danos políticos e evitar a exposição de figuras próximas ao presidente, especialmente Frei Chico.


A CPMI promete ser um dos principais palcos de embate político nos próximos meses, com potencial para gerar desgaste à imagem do governo em um tema sensível: a proteção social dos aposentados. A oposição aposta que, assim como a CPI da Covid expôs falhas da gestão Bolsonaro, a CPMI do INSS pode revelar irregularidades administrativas e suspeitas de corrupção que atravessam diferentes gestões.

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