Sem acesso a provas, Bolsonaro declara ao STF que não irá depor na PF
- Luana Valente
- 20 de fev. de 2024
- 2 min de leitura

Jair Bolsonaro (PL) que já havia sido intimado pela Polícia Federal (PF) para prestar esclarecimentos sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado, declarou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que devido não ter acesso a provas, não irá depor novamente na próxima quinta-feira (22). Segundo a defesa de Bolsonaro, existe a disponibilidade de colaboração com as investigações, desde que tenha o acesso aos aparelhos celulares e demais equipamentos apreendidos na Operação Tempus Veritatis.
“Se disponibilizados em sua integralidade, poderiam, inclusive, contribuir de maneira significativa para a comprovação da inocência do peticionário (Bolsonaro) e o esclarecimento da verdade real, um princípio essencial em uma sociedade justa e democrática, fundamentada nos pilares do Estado de Direito”, sustenta a defesa.
“Em decorrência da falta de acesso a todos os elementos de prova, o peticionário opta, por enquanto, pelo uso do silêncio, não abdicando de prestar as devidas declarações assim que tiver conhecimento integral dos elementos”, seguem com a sustentação.
Operação Tempus Veritatis
A PF apreendeu o passaporte de Bolsonaro, o que lhe impede de fazer viagens ao exterior. Além disso, Bolsonaro está impedido de ter contato com os demais investigados, entre eles com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Também está proibido que os investigados se comuniquem por intermédio de terceiros.
A PF cumpriu 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão.
Estão presos o Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência; o coronel Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro na Presidência e atual segurança do ex-presidente contratado pelo PL; o Bernardo Romão Corrêa, coronel do Exército; e o Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército.
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