Sérgio Moro reage a pedido do PT para depor na CPMI do INSS: “Ridículo”
- Luana Valente

- 26 de ago.
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Brasília — O senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) classificou como “ridículo” o requerimento apresentado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) que solicita sua convocação para depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS. A reação foi publicada nesta segunda-feira (25) em sua conta na rede X (antigo Twitter), onde o ex-ministro da Justiça acusou o partido de tentar criar uma “cortina de fumaça” para desviar o foco das investigações.
“Vejo que o PT, desesperado por erguer cortina de fumaça, quer me convocar para depor na CPMI do INSS. O Ministério da Justiça e Segurança Pública que comandei nunca lidou com descontos em aposentadorias ou pensões, então o requerimento é ridículo”, escreveu Moro.
O pedido de convocação foi feito pelo deputado federal Rogério Correia (PT-MG), que também quer ouvir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Correia argumenta que, após a extinção do Ministério do Trabalho no início do governo Bolsonaro, a responsabilidade pela autorização de novos sindicatos passou para o Ministério da Justiça, então comandado por Moro. Segundo o parlamentar, essa mudança teria facilitado a proliferação de entidades envolvidas em descontos indevidos em aposentadorias e pensões.
Embora Moro não seja formalmente acusado, a Polícia Federal declarou que decisões tomadas durante sua gestão teriam sido a “gênese” da estrutura que permitiu o esquema de fraudes, que teria desviado cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
A CPMI do INSS foi instalada para investigar o escândalo que externaram o crescimento exponencial da arrecadação de entidades assistenciais por meio de descontos em benefícios previdenciários. A comissão é presidida pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG) e tem como relator o deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL).
Moro, por sua vez, afirmou estar disposto a comparecer à CPMI, alegando que poderia contribuir com informações sobre esquemas de corrupção ligados ao PT. A declaração intensificou o embate político entre governo e oposição, que já se desenha como um dos principais focos da comissão nos próximos meses.






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