
Multidão vai às duas na Venezuela contestar resultado das eleições
Milhares de venezuelanos foram às ruas pelo segundo dia consecutivo após o Colégio Nacional Eleitoral (CNE) declarar a vitória de Nicolás Maduro no pleito presidencial de domingo (28). A eleição é considerada fraudulenta pela oposição e permanece sob forte desconfiança de uma série de países e organizações internacionais.
Os protestos foram convocados pela líder da oposição, María Corina Machado, e González Urrutia. Ela alega ter tido acesso a atas eleitorais, que teriam mostrado uma derrota arrasadora de Maduro.
O CNE anunciou que Maduro recebeu 51% dos votos, enquanto seu maior opositor, Edmundo González Urrutia (Plataforma Unitária Democrática), teria recebido 44% dos votos.
“Não tentem nos procurar para negociar resultados, resultados não se negociam. A única coisa que estamos dispostos a negociar é uma transição pacífica, com garantias para todos”, discursou Corina no ato. “Faremos com que o regime reconheça o que o mundo inteiro sabe: Edmundo González Urrutia é o nosso próximo presidente”.
De acordo com dados do Foro Penal, atualizados nesta terça-feira (30) às 10h na Venezuela, ao menos seis pessoas morreram nos protestos.
Maduro, por sua vez, atribui os protestos à "extrema-direita":“Temos acompanhado todos os atos de violência promovidos pela extrema-direita. Já vimos esse filme. Então, mais uma vez, com a união civil, militar e policial, estamos agindo. Já sabemos como eles operam.”
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