
Nicolás Maduro enfrenta o rival Edmundo González em uma eleição marcada por dúvidas sobre sua transparência e por ameaças
Os venezuelanos se dirigem às urnas para eleger seu novo presidente neste domingo (28). Espera-se que este pleito possa marcar o fim de um ciclo de 25 anos sob o regime chavista, mas há temores de que, como em eleições passadas, a vontade popular seja novamente abafada por fraude eleitoral.
Nicolás Maduro, que ocupa o cargo de ditador há 11 anos, empregou várias estratégias para sabotar o processo eleitoral. Em junho do ano passado, ele orquestrou a substituição dos membros do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela por um grupo ainda mais alinhado com o governo, comprometendo a imparcialidade da organização eleitoral.
Além disso, Maduro tentou criar uma fachada de abertura política através do Acordo de Barbados, assinado em outubro. Este acordo parecia prometer uma eleição presidencial justa e transparente para este ano, com uma aparente concordância entre a ditadura e a oposição.
Uma pesquisa realizada pelo AtlasIntel e divulgada na sexta-feira (26), revela que o opositor de Maduro, Edmundo González Urrutia, candidato da Plataforma Unitária Democrática, lidera as intenções de voto para as eleições na Venezuela, que estão ocorrendo hoje (28). González Urrutia, que representa uma coalizão de 11 partidos de centro-esquerda e centro-direita, conta com 51,9% das intenções de voto. Em segundo lugar está o atual presidente Nicolás Maduro, do Partido Socialista Unido da Venezuela, com 44,2%.
A pesquisa entrevistou 2.576 pessoas entre 19 e 21 de julho, selecionadas por meio de um recrutamento digital aleatório. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
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