
Em uma declaração contundente no Conselho de Direitos Humanos da ONU, um bloco de 49 países exigiu o fim imediato da repressão na Venezuela e a libertação dos presos políticos. A declaração, lida pela Ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, destacou a intensificação da repressão contra opositores políticos e manifestantes no país sul-americano.
Os signatários, que incluem nações da América Latina como Argentina, Chile, Equador, Guatemala, Paraguai, Panamá, Peru, República Dominicana e Uruguai, além de membros da União Europeia como Espanha, Portugal, Itália, França e Alemanha, e países como Estados Unidos, Austrália, Reino Unido, Japão e Canadá, expressaram profunda preocupação com a crise de direitos humanos na Venezuela.
A declaração enfatizou a necessidade de que as autoridades venezuelanas cumpram rigorosamente as normas internacionais sobre o devido processo e as condições de detenção. Além disso, foi solicitado o restabelecimento da cooperação com o Escritório da ONU para os Direitos Humanos, que foi suspensa, resultando na expulsão dos funcionários da ONU do país em fevereiro.
O Brasil, no entanto, não estava entre os países signatários. A ausência do Brasil na lista de signatários foi notável, especialmente considerando a participação de vários de seus vizinhos regionais.
A situação na Venezuela tem se deteriorado, com relatos de detenções arbitrárias de figuras da oposição, jornalistas e manifestantes, incluindo crianças, adolescentes, mulheres e pessoas com deficiência. A declaração também mencionou o uso desproporcional da força por parte das forças de segurança e grupos armados civis conhecidos como "coletivos".
Os signatários pediram que a Missão Internacional Independente de Apuração dos Fatos seja permitida a entrada no país para investigar abusos de direitos humanos. Esta missão apresentará seu mais recente relatório ao Conselho da ONU em 19 de setembro.
A comunidade internacional continua a pressionar por mudanças na Venezuela, enquanto a ausência do Brasil na lista de signatários levanta questões sobre sua posição em relação à crise de direitos humanos no país vizinho.
Comments