“Agiotagem oficial”, intitula Eduardo Cunha ao criticar empréstimo consignado promovido pelo governo Lula
- Luana Valente
- 7 de abr.
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O ex-deputado federal Eduardo Cunha fez duras críticas à nova modalidade de empréstimo consignado privado introduzida pelo governo Lula por meio da Medida Provisória 1.292 de 2025. Cunha classificou a iniciativa como um "estelionato eleitoral" e argumentou que ela prejudica os trabalhadores ao permitir o uso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) como garantia para empréstimos privados, com juros que ele considera elevados.
Segundo Cunha, a medida incentiva o endividamento de famílias já vulneráveis, comprometendo sua capacidade de poupança e, consequentemente, de investimento. Ele destacou que o FGTS, criado como uma reserva para aposentadoria, oferece uma remuneração baixa, historicamente em torno de 3% ao ano, o que torna o uso desse fundo como garantia uma desvantagem para os trabalhadores.
Cunha também criticou a narrativa do governo, que apelidou a medida de "empréstimo do Lula", sugerindo que ela beneficia os trabalhadores. Para ele, trata-se de uma tentativa de mascarar os custos reais, que acabam sendo arcados pelos próprios trabalhadores por meio de seus recursos no FGTS.
A polêmica em torno da medida reflete as tensões sobre políticas econômicas que buscam equilibrar o estímulo ao consumo com a proteção financeira dos cidadãos. Enquanto o governo defende a iniciativa como uma forma de ampliar o acesso ao crédito, críticos como Cunha alertam para os riscos de endividamento excessivo e perda de poder aquisitivo a longo prazo.
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