ALERTA: PF conclui inquérito da “Abin paralela” e indicia Bolsonaro, Carlos e Ramagem
- Luana Valente
- 17 de jun.
- 1 min de leitura

A Polícia Federal (PF) finalizou nesta terça-feira (17) o inquérito que investigava supostas irregularidades na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O relatório final aponta o indiciamento de 35 pessoas, incluindo Bolsonaro, seu filho Carlos Bolsonaro (Republicanos) e o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem (PL-RJ).
A investigação apontou para o uso indevido do software FirstMile, uma ferramenta de rastreamento que teria sido empregada para monitorar autoridades e opositores do governo anterior sem autorização judicial. Ainda de acordo com a investigação, Ramagem teria estruturado o esquema de espionagem, enquanto Carlos Bolsonaro teria comandado o fluxo de informações obtidas para atacar adversários nas redes sociais. Bolsonaro, por sua vez, teria se beneficiado diretamente com essa iniciativa.
Além dos ex-integrantes do governo Bolsonaro, a PF também indiciou membros da atual gestão da Abin, incluindo o diretor-geral Luiz Fernando Corrêa, por suspeita de obstrução das investigações. O relatório foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que agora deve avaliar os próximos passos do processo.
O caso que ficou conhecido como “Abin paralela”, teve início em março de 2023, quando surgiram denúncias sobre o uso clandestino de ferramentas tecnológicas para espionagem. A PF identificou que o software FirstMile foi utilizado cerca de 60 mil vezes entre 2019 e 2023, com um pico de acessos em 2020, ano de eleições municipais D.
Vale frisar que em ocasiões anteriores, Bolsonaro e Ramagem negaram qualquer irregularidade, alegando que a Abin nunca operou de forma paralela. Até o momento, os envolvidos não se manifestaram oficialmente sobre o indiciamento.
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