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Alfredo Gaspar e a CPMI do INSS: “se o Careca do INSS abrir a boca e revelar tudo que sabe, a República cai”




Carlos Moura/AgSenado.
Carlos Moura/AgSenado.

O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), fez uma das declarações mais contundentes desde o início das investigações sobre fraudes contra aposentados e pensionistas. Em sessão realizada em Brasília, Gaspar afirmou que “se o Careca do INSS abrir a boca e revelar tudo que sabe, a República cai”.


A fala se refere a Antônio Carlos Camilo Antunes, apelidado de “Careca do INSS”, apontado como um dos principais articuladores de um esquema bilionário de desvios na Previdência Social. O lobista, que chegou a ser preso pela Polícia Federal e transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda, optou por permanecer em silêncio durante seu depoimento à comissão, amparado por habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal.


O silêncio do “Careca do INSS”


Apesar da expectativa em torno de seu depoimento, o investigado não respondeu às perguntas dos parlamentares. Limitou-se a uma breve manifestação inicial, como permite a Constituição, evitando qualquer autoincriminação. Para Gaspar, essa decisão impediu que viessem à tona informações que poderiam comprometer figuras de alto escalão da política e da administração pública.


O relator foi categórico: “Ele não falou nada na CPMI, até porque se falasse não sobraria pedra sobre pedra” Diário do Poder. A declaração reforça a percepção de que o esquema de fraudes pode ter ramificações muito além do que já foi revelado.


Instalada em agosto de 2025, a CPMI do INSS tem como objetivo investigar fraudes em benefícios previdenciários, que teriam causado prejuízos bilionários aos cofres públicos. O colegiado já determinou prisões de depoentes acusados de mentir ou omitir informações, como presidentes de entidades ligadas a pescadores e agricultores..


No entanto, a comissão enfrenta dificuldades diante da estratégia de silêncio adotada por investigados-chave, como o próprio “Careca do INSS”. Essa postura, embora legalmente respaldada, tem frustrado os parlamentares e atrasado a obtenção de provas concretas.


Ex-procurador de Justiça e ex-secretário de Segurança Pública de Alagoas, Alfredo Gaspar ganhou notoriedade por sua atuação firme contra o crime organizado em seu estado. Agora, no Congresso, ele busca imprimir o mesmo rigor na condução da CPMI, afirmando que o país precisa conhecer a verdade sobre os desvios no INSS.


As declarações de Gaspar repercutiram fortemente nos bastidores de Brasília. A frase sobre a possível queda da República caso o “Careca do INSS” falasse foi interpretada como um alerta sobre a profundidade e a gravidade das informações que permanecem ocultas.


Enquanto isso, a CPMI segue em andamento, com novas oitivas e diligências previstas. O silêncio do lobista, porém, mantém no ar a sensação de que há muito mais a ser revelado — e que o desfecho pode ter consequências imprevisíveis para o cenário político nacional.


 
 
 

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