Na manhã deste sábado, 18, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou que seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro, está sendo alvo de perseguição política. A declaração foi feita no Aeroporto de Brasília, antes de Michelle embarcar para os Estados Unidos, onde participará da posse do presidente eleito Donald Trump.
Michelle Bolsonaro representará o ex-presidente na cerimônia, acompanhada de outros parlamentares brasileiros, incluindo o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Michelle Bolsonaro destacou que a perseguição a Jair Bolsonaro é motivada pelo medo de sua influência política. Ela afirmou que adversários têm "medinho" de seu marido, que continua sendo uma figura central na direita brasileira, mesmo após ter sido declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030.
“Meu marido está sendo perseguido, como aqueles que Deus envia são perseguidos. Ele foi o maior líder da direita, que elegeu o maior número de vereadores e prefeitos. É um ‘medinho’ que eles têm do meu marido”, disse Michelle ao lado de Jair Bolsonaro.
Bolsonaro se posiciona e diz que sofre uma “enorme perseguição política por parte de uma pessoa, que decide sozinho a vida de milhões de pessoas no Brasil”, em referência a Alexandre de Moraes. “Em 2018, o STF autorizou o Lula a ir à Etiópia […]. É uma perseguição descarada, sou investigado desde 2019. O objetivo é eliminar a direita do Brasil.”
A decisão de impedir Jair Bolsonaro de viajar para a posse de Trump foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes negou o pedido de devolução do passaporte de Bolsonaro, que está retido desde fevereiro do ano passado, como parte de uma investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Michelle Bolsonaro expressou ainda esperança de que Deus tenha misericórdia da nação e de seu marido, comparando a situação de Jair Bolsonaro à de grandes líderes que enfrentaram perseguições.
A posse de Trump é vista como um marco para a direita mundial, e a ausência de Jair Bolsonaro no evento foi lamentada por seus apoiadores.
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