
Após o aumento nos benefícios de auxílio-alimentação, auxílio-saúde e assistência pré-escolar, servidores públicos federais afirmam que as negociações ainda não terminaram. Eles prometem continuar pressionando o governo por recomposição salarial em 2024 e uma ampla reestruturação de carreiras. Essas demandas vêm em um contexto onde, exceto pelo auxílio-saúde, os aposentados e pensionistas não foram contemplados pelos reajustes.
Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), expressou que “o debate não acabou. O reajuste dos auxílios foi só a primeira fase da campanha salarial.” A Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef/Fenadsef), representando 80% do Executivo federal, visa expandir a reestruturação de carreiras para incluir tanto servidores ativos quanto inativos, buscando paridade.
Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef/Fenadsef, reconheceu o reajuste como um avanço, mas insuficiente. “É um passo adiante? É, sim, mas ainda está incompleto, porque não sinaliza algo na remuneração para 2024. Mas nós não vamos deixar de insistir e bater nessa tecla”, afirmou. Apesar de um aumento salarial linear de 9% em 2023, o governo Lula indicou que não haverá novos reajustes este ano, optando por negociações pontuais com diferentes carreiras.
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) comprometeu-se a estabelecer, até julho, mesas de negociação ainda pendentes para carreiras específicas. Atualmente, 18 mesas de negociações estão ativas, com dez já tendo alcançado acordos e oito ainda em andamento.
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