Ataque a tiros em evento judaico deixa mortos na Austrália

Tragédia em Bondi Beach, Sydney, expõe vulnerabilidade da comunidade judaica e mobiliza autoridades internacionais

EFE/EPA/JEREMY PIPER AUSTRALIA AND NEW ZEALAND OUT

Um ataque a tiros ocorrido neste domingo (14) na praia de Bondi Beach, em Sydney, deixou ao menos 12 mortos e dezenas de feridos durante um evento da comunidade judaica. A celebração de Hanukkah, que reunia centenas de pessoas, foi interrompida por disparos feitos por dois homens armados. Segundo a polícia local, um dos atiradores morreu no local e o outro está em estado crítico sob custódia. Entre os feridos, há pelo menos dois policiais.

As autoridades australianas confirmaram que o episódio foi tratado como um atentado direcionado à comunidade judaica. O primeiro-ministro classificou o ataque como “chocante” e pediu união nacional diante da violência. O serviço de ambulâncias de Nova Gales do Sul informou que 29 pessoas foram encaminhadas a hospitais da região, algumas em estado grave.

A repercussão internacional foi imediata. O presidente de Israel, Isaac Herzog, declarou que se tratou de “um cruel ataque a judeus cometido por terroristas” e pediu ao governo australiano medidas firmes contra o avanço do antissemitismo. Organizações judaicas ao redor do mundo também manifestaram solidariedade às vítimas e cobraram maior proteção em eventos comunitários.

Testemunhas relataram momentos de pânico e correria na praia, tradicionalmente lotada aos domingos. Muitas famílias estavam presentes para acompanhar as festividades de Hanukkah quando os disparos começaram. A polícia isolou a área e segue investigando a motivação dos criminosos, sem descartar a hipótese de terrorismo.

Para a comunidade judaica australiana, o episódio representa um trauma coletivo e reforça a necessidade de vigilância constante. Enquanto isso, o país tenta se recompor diante de uma tragédia que abalou não apenas Sydney, mas também a opinião pública internacional.