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Belém se destaca entre as capitais mais ricas do Brasil, mas desigualdade persiste


Rafa Neddermeyer/COP30 Brasil Amazônia/Presidência da República
Rafa Neddermeyer/COP30 Brasil Amazônia/Presidência da República

Um estudo recente intitulado “Classe de Renda no Rio”, realizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura do Rio de Janeiro com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que Belém figura entre as capitais brasileiras com maior percentual de famílias na classe A. Segundo o levantamento, 8,1% dos habitantes da capital paraense possuem renda mensal superior a R$ 25 mil, colocando a cidade na quarta posição do ranking nacional, atrás apenas de Vitória (ES), Brasília (DF) e Rio de Janeiro (RJ).


Apesar desse destaque no topo da pirâmide econômica, o estudo também aponta que a desigualdade social ainda é um desafio significativo para Belém. Cerca de 41% da população da cidade está inserida nas classes D e E, caracterizadas por rendimentos mensais inferiores a R$ 3,5 mil. Esse dado reflete a disparidade de renda existente na capital paraense, onde uma parcela da população desfruta de altos ganhos enquanto uma grande parte ainda enfrenta dificuldades financeiras.


O levantamento indica que, no período pós-pandemia, houve uma mobilidade social para faixas de renda mais elevadas em diversas capitais brasileiras. No entanto, o crescimento das classes mais baixas também foi registrado em algumas cidades, evidenciando que a recuperação econômica não foi homogênea em todo o país.


Especialistas apontam que fatores como a expansão do mercado de trabalho e o aumento da renda originada do trabalho contribuíram para a ascensão de algumas faixas econômicas. No entanto, a permanência de um contingente significativo da população nas classes D e E reforça a necessidade de políticas públicas voltadas para a redução da desigualdade e o fortalecimento da inclusão social.


Belém, portanto, se destaca como uma das capitais com maior concentração de renda no país, mas ainda enfrenta desafios estruturais para garantir uma distribuição mais equitativa dos recursos e oportunidades econômicas.


Comparativo de Belém com outras capitais em termos de desigualdade


Belém apresenta altos índices de desigualdade em comparação com outras capitais brasileiras. De acordo com o Mapa da Desigualdade, divulgado pelo Instituto Cidades Sustentáveis, a cidade é uma das mais favelizadas do país, com 55,5% dos domicílios localizados em áreas de favela. Esse percentual coloca Belém entre as capitais com maior concentração de moradias precárias, ao lado de Manaus (AM), que tem 53,38%.


Além da questão habitacional, Belém também figura entre as capitais com piores índices de saneamento básico, estando entre as cinco piores do país nesse quesito. A cobertura de esgoto na cidade é significativamente inferior à de capitais do Sudeste, como São Paulo, onde 100% das residências são atendidas pela coleta de esgoto, enquanto Belém tem apenas 17,12% de cobertura.


O estudo analisou 40 indicadores sociais, incluindo saúde, educação e infraestrutura urbana, e revelou que as capitais do Norte e Nordeste, especialmente Belém, apresentam alguns dos piores índices do Brasil. Recife e Porto Velho também figuram entre as cidades com maior desigualdade social.


Esses dados reforçam a necessidade de políticas públicas voltadas para a redução da desigualdade e a melhoria das condições de vida da população em Belém e outras capitais da região Norte.

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