Manifestações anteriores foram marcadas por violência e palavras de ordem com teor antissemita e de apoio ao Hamas

A polícia de Berlim proibiu uma marcha pró-Palestina marcada para a véspera do Ano Novo no distrito de Neukölln.
Em comunicado, as autoridades policiais afirmaram neste sábado, 30, que a decisão foi tomada em razão do risco de “incitação ao ódio, gritos antissemitas e glorificação da violência“.
A chefe da polícia de Berlim, Barbara Slowik, citou ainda os temores de que vândalos se juntem ao protesto e que os organizadores não consigam controlar o evento.
“É de se esperar que um grande número de vândalos possa usar a marcha para cometer crimes. Nenhum líder da organização garantiu manter a manifestação sob controle. É por isso que a polícia proibiu a manifestação.”
A marcha estava marcada para começar na noite de domingo, 31, enquanto os alemães se preparam para comemorar o início de 2024. Embora os organizadores tenham dito que cerca de 100 pessoas participariam da marcha, a polícia disse esperar um “fluxo muito maior”.
Berlim tem registrado várias manifestações pró-Palestina desde 7 de outubro, quando Israel sofreu o maior ataque terrorista de sua história.
Risco de violência
Manifestações anteriores foram marcadas por violência e palavras de ordem com teor antissemita e de apoio ao Hamas. O grupo é classificado como terrorista pela Alemanha e outros países do Ocidente.
Na Alemanha, a incitação ou glorificação da violência contra grupos étnicos é proibida pela Constituição. O país considera a segurança de Israel uma “responsabilidade histórica” e não tolera questionamentos sobre a existência do Estado judeu.
O Antagonista
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