
O Brasil está prestes a alcançar um marco histórico, mas nada glorioso: a maior alíquota de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) do mundo. A reforma tributária, que está em fase final de aprovação no Senado, prevê uma alíquota de 27,5%, superando a Hungria, que atualmente lidera o ranking com 27%.
A proposta de reforma tributária visa simplificar o complexo sistema de impostos sobre consumo no Brasil, substituindo cinco tributos por um IVA dual. No entanto, a inclusão de diversas exceções e benefícios fiscais para setores específicos, como agronegócio, saúde e educação privada, elevou a alíquota padrão para compensar as desonerações.
Especialistas apontam que a nova alíquota pode ter impactos significativos na economia brasileira. "A alta carga tributária pode desestimular investimentos e aumentar os custos para os consumidores", afirma André Martins, economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A transição para o novo sistema de IVA está prevista para começar em 2026 e se estender até 2033, permitindo uma adaptação gradual para empresas e consumidores. Apesar das críticas, o governo defende que a reforma é necessária para modernizar o sistema tributário e aumentar a eficiência na arrecadação.
Com a aprovação iminente, o Brasil se prepara para enfrentar os desafios e oportunidades que a maior alíquota de IVA do mundo trará para sua economia e sociedade.
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