
Um levantamento recente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revelou que mais de 10 milhões de brasileiros foram diretamente afetados pelos incêndios florestais que assolam o país desde agosto. A situação é crítica, com 531 municípios declarando estado de emergência devido às queimadas.
A região Norte do Brasil lidera o ranking de focos de incêndio, com 23.715 registros apenas em setembro, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O Centro-Oeste segue em segundo lugar, com 18.015 focos, enquanto o Sudeste contabiliza 5.398 focos no mesmo período.
Os incêndios têm causado prejuízos significativos, estimados em pelo menos R$ 2 bilhões. Além das perdas materiais, a saúde da população também está em risco. Capitais como Belo Horizonte, Brasília e Goiânia enfrentam quase 150 dias sem precipitação, agravando a situação de seca e aumentando a vulnerabilidade a novos focos de incêndio.
A CNM destaca que o número de pessoas afetadas pode ser ainda maior, pois o levantamento considera apenas aqueles diretamente impactados pelas chamas. Em comparação com o mesmo período do ano passado, o número de municípios em estado de emergência aumentou 2.200%, refletindo a gravidade da situação atual.
A seca severa também afeta a região Norte, onde a Prefeitura de Manaus decretou situação de emergência por 180 dias devido à estiagem. O Rio Negro, em Manaus, atingiu uma cota crítica de 17,02 metros, apenas 4,32 metros acima da menor cota histórica registrada em outubro de 2023.
As autoridades continuam monitorando a situação e implementando medidas para mitigar os danos causados pelos incêndios e pela seca. No entanto, a previsão de chuvas escassas nos próximos meses mantém o alerta elevado para novas ocorrências de queimadas em todo o país.
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