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Careca do INSS nega relação com parlamentares: “Ninguém me conhece”



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Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, negou qualquer vínculo com parlamentares e rejeitou as acusações que o apontam como um dos principais operadores do esquema de descontos indevidos em benefícios previdenciários.


Preso desde 12 de setembro, Antunes compareceu espontaneamente à CPMI após obter no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de não responder a perguntas que pudessem incriminá-lo. Durante sua fala inicial, o empresário afirmou que sua prisão preventiva foi baseada em “mentiras” e que sua trajetória é fruto de “trabalho honesto e dedicado”.


Antunes foi enfático ao negar qualquer relação com o setor público: “Não existe essa rede de relacionamento minha com parlamentares, qualquer que seja. Pergunte a quem me conhece aqui dentro dessa casa. Ninguém me conhece, eu não tenho interesse, eu não trabalho com o governo, qualquer que seja a sua esfera”.


A sessão foi marcada por momentos de tensão. O empresário se recusou a responder às perguntas do relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), alegando parcialidade após ter sido chamado de “ladrão” pelo parlamentar em depoimentos anteriores. O impasse gerou bate-boca entre o advogado de Antunes e deputados, levando à suspensão temporária da reunião.


Segundo a Polícia Federal, Antunes operava como lobista e intermediador entre associações e o INSS, recebendo comissões de até 27,5% sobre os descontos aplicados a aposentados e pensionistas. Ele também é investigado por lavagem de dinheiro e movimentações milionárias no Brasil e no exterior.


Em sua defesa, Antunes alegou que suas empresas apenas prestavam serviços contratados por associações e que não tinham ingerência sobre os descontos aplicados. “A responsabilidade recai sobre as associações que eventualmente promoveram a inclusão dessas pessoas em seus quadros associativos sem a devida anuência. Jamais sobre a minha empresa”, declarou.


A CPMI segue com oitivas e análises de documentos que envolvem dezenas de entidades e servidores públicos. Apesar das negativas de Antunes, os parlamentares devem aprofundar as investigações sobre sua atuação e influência dentro do INSS.



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