ALERTA: Carlos Jordy e Sóstenes são alvo de operação da PF

Carlos Jordy usou das redes sociais para se manifestar alegando ser vítima de perseguição política e negando qualquer irregularidade.

Bruno Spada / Câmara dos Deputados

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira, 19, a Operação Galho Fraco, que tem como alvo os deputados federais Carlos Jordy (PL-RJ) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido na Câmara. A ação foi autorizada pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), e cumpre sete mandados de busca e apreensão em endereços no Distrito Federal e no Rio de Janeiro.

Segundo as investigações, os parlamentares teriam envolvimento em um suposto esquema de desvio de recursos públicos vinculados às cotas parlamentares, benefício mensal destinado a custear despesas relacionadas ao exercício do mandato, como transporte, aluguel de veículos e serviços de comunicação. De acordo com a PF, parte desses valores teria sido desviada por meio de contratos falsos com locadoras de automóveis e posteriormente repassada a empresas de fachada, configurando indícios de lavagem de dinheiro.

A investigação aponta ainda que assessores dos dois deputados teriam movimentado valores na ordem de milhões de reais, reforçando a suspeita de um esquema estruturado para ocultar a origem ilícita dos recursos.

Carlos Jordy se manifestou nas redes sociais após a ação, alegando ser vítima de perseguição política e negando qualquer irregularidade. Ele afirmou que a operação ocorreu no dia do aniversário de sua filha e classificou a medida como “perseguição implacável”. Sóstenes Cavalcante, por sua vez, anunciou uma coletiva de imprensa, que ocorrerá no Salão Verde da Câmara dos Deputados, marcada para 12h.

A Operação Galho Fraco é parte de um esforço da Polícia Federal para aprofundar as investigações sobre o uso irregular das cotas parlamentares, mecanismo que já foi alvo de questionamentos em outras ocasiões. O caso reacende o debate sobre a transparência na utilização desses recursos e a necessidade de maior fiscalização sobre os gastos dos parlamentares.

As apurações seguem em sigilo, mas a expectativa é de que novos desdobramentos ocorram nos próximos dias.