Ciclone extratropical causa tornado no Paraná e deixa mais de 750 feridos
- Luana Valente

- 8 de nov.
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Na sexta-feira, 7, um sistema de baixa pressão se formou entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, evoluindo rapidamente para um ciclone extratropical. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), os ventos chegaram a atingir 250 km/h em algumas áreas.
No Paraná, as condições atmosféricas favoreceram a formação de um tornado em Rio Bonito do Iguaçu, que deixou pelo menos cinco mortos e mais de 750 feridos. O fenômeno destruiu casas, prédios públicos e deixou um cenário de escombros na cidade.
Impactos imediatos
Cerca de 60 mil residências ficaram sem energia elétrica em diferentes regiões do estado. O pátio de máquinas da prefeitura de Rio Bonito do Iguaçu foi destruído, além de estradas bloqueadas por árvores e postes caídos.
Equipes da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros foram mobilizadas para resgates e atendimento médico emergencial. O governador Ratinho Júnior decretou três dias de luto oficial pelas vítimas fatais.
De acordo com a meteorologista Anete Fernandes, do INMET, o ciclone se deslocou mais ao norte e com maior rapidez do que o previsto, o que fez com que os efeitos fossem sentidos em regiões diferentes das inicialmente esperadas.
Enquanto o ciclone extratropical é um sistema de grande escala, que pode se estender por centenas de quilômetros, o tornado é um fenômeno localizado e de curta duração, mas com enorme poder destrutivo.
Além do Paraná, o ciclone provocou temporais em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, com rajadas de vento e chuvas intensas Rádio Itatiaia. Em Minas, especialistas descartaram a possibilidade de formação de tornado, mas alertaram para os efeitos da frente fria associada ao sistema.
O episódio reforça a vulnerabilidade das cidades brasileiras diante de eventos climáticos extremos, cada vez mais frequentes e intensos. A tragédia no Paraná expõe a necessidade de planos de prevenção, alerta e resposta rápida para minimizar os impactos sobre a população.






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