Coaf aponta lavagem de R$140 milhões e relator da CPMI solicita nova prisão de sindicalista da Conafer
- Luana Valente

- 2 de out.
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O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou movimentações suspeitas que somam R$140 milhões em contas ligadas ao sindicalista Carlos Roberto Ferreira Costa, presidente da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer). A revelação foi feita durante sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, que investiga irregularidades no sistema previdenciário brasileiro.
O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), apresentou pedido de prisão preventiva contra Carlos Roberto, alegando que os relatórios do Coaf evidenciam “atos espúrios” e práticas de lavagem de dinheiro. Segundo o documento, as transações financeiras foram pulverizadas entre diversas pessoas, muitas delas com vínculos diretos com o sindicalista. Entre os beneficiários das movimentações está Cícero Marcelino, apontado como homem de confiança de Carlos Roberto.
Além das suspeitas de lavagem de dinheiro, Carlos Roberto é investigado por supostamente liderar um esquema que teria desviado mais de R$800 milhões de aposentados, sem autorização. Ele já havia sido preso anteriormente por mentir em depoimento à CPMI, mas foi liberado mediante pagamento de fiança de R$5 mil.
O pedido de nova prisão será votado pelos membros da comissão nesta quinta-feira (2). A CPMI avalia que a gravidade das acusações e o volume das transações justificam medidas cautelares mais severas para garantir o andamento das investigações e evitar possível obstrução de justiça.






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