COP 30: Motéis da Grande Belém se reinventam para receber turistas
- Luana Valente
- 12 de jul.
- 2 min de leitura
Para receber turistas, trelinches compõem o cenário que antes tinham o apelo erótico

Com a aproximação da COP 30, conferência climática da ONU que será realizada em novembro de 2025 em Belém (PA), motéis da região metropolitana estão passando por uma transformações. Tradicionalmente voltados ao público em busca de privacidade e apelo erótico, esses estabelecimentos estão adaptando suas estruturas para atender à alta demanda de hospedagem esperada durante o evento, que deve atrair cerca de 50 mil visitantes.
Demanda supera oferta hoteleira
A capital paraense conta com aproximadamente 24 mil leitos disponíveis em hotéis e pousadas, número insuficiente para comportar o público da COP 30. Diante disso, motéis surgem como alternativa viável, oferecendo cerca de 2.500 quartos na região metropolitana, com capacidade para até 5 mil pessoas.
Adaptações estruturais e operacionais
Proprietários estão investindo em reformas e ajustes operacionais para aproximar os motéis dos padrões da hotelaria tradicional. Entre as mudanças estão:
• Instalação de treliches para acomodar até quatro pessoas por suíte
• Remoção de elementos eróticos como cadeiras sensuais, géis e brinquedos
• Decoração neutra e funcional
• Ampliação de lavanderias e cozinhas
• Treinamento de equipes para atendimento bilíngue
Vale frisar que há resistência por parte de algumas delegações em se hospedar em motéis, devido ao estigma associado ao uso tradicional desses espaços. Ainda assim, empresários como Costa apostam na localização estratégica e no conforto das suítes como diferenciais competitivos.
Além dos motéis, outras soluções estão sendo consideradas para ampliar a capacidade de hospedagem, como o uso de escolas, navios de cruzeiro e reformas em prédios antigos.
A reinvenção dos motéis é apenas um dos muitos movimentos que mostram como Belém não disponibiliza de infraestrutura para receber um evento internacional.
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