COP30 em Belém enfrenta falta d’água e estruturas inacabadas nos primeiros dias
- Luana Valente

- 9 de nov.
- 1 min de leitura

Belém (PA) – A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém, começou sob críticas à infraestrutura. Nos dois primeiros dias da Cúpula de Líderes, delegações internacionais, jornalistas e visitantes relataram problemas de abastecimento de água, internet instável e estandes ainda em obras.
No centro de convenções que abriga parte das atividades oficiais, torneiras secas e banheiros sem abastecimento de água geraram desconforto entre participantes. Jornalistas estrangeiros relataram dificuldade até para lavar as mãos ou se hidratar durante a cobertura.
Além disso, os serviços de alimentação foram alvo de reclamações. Uma garrafa de água, por exemplo, chegou a ser vendida por R$ 25, valor considerado abusivo por visitantes.
Estruturas inacabadas
Enquanto líderes mundiais discutiam temas como financiamento climático e preservação da Amazônia, operários ainda finalizavam cabines de exposição e áreas de convivência. O barulho de serras elétricas e marteladas se misturava às falas de autoridades, evidenciando o improviso.
Os problemas rapidamente repercutiram no cenário nacional. Parlamentares da oposição passaram a chamar o evento de “Flop-30”, em referência ao contraste entre o discurso de sustentabilidade e a execução prática da conferência.
Impacto na imagem do Brasil
Apesar das falhas, a agenda oficial da COP30 seguiu com debates sobre transição energética, fundo florestal e os 10 anos do Acordo de Paris. Ainda assim, a desorganização levantaram dúvidas sobre a capacidade de Belém em sediar um evento de porte global e colocaram em xeque a imagem do Brasil como anfitrião de uma das principais conferências ambientais do mundo.






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