Em plena COP 30, facção ameaça corte de energia e fecha academia em Belém

Reprodução: fotomontagem

A concessionária Verene Energia S.A. relatou ter recebido ameaças atribuídas ao Comando Vermelho. Criminosos exigiram a suspensão das obras de expansão da Subestação Marituba-Belém e a interrupção diária das atividades. A estrutura é considerada estratégica para o fornecimento de energia da COP 30, que reúne líderes mundiais na capital paraense.

Além disso, na quinta-feira, 6, o vereador Zezinho Lima (PL), denunciou que a academia de sua esposa, Raissa Lina, foi fechada por ordem direta da facção Comando Vermelho, em plena realização da conferência. Após a denúncia, equipes da Polícia Militar do Pará removeram a publicidade que estava na fachada da academia em que destacava “Estabelecimento fechado pelo Comando Vermelho”. Vale frisar que até o momento não se tem informações oficiais de quem teria ordenado a remoção da faixa. A imagem viralizou nas redes sociais, em meio à intensa movimentação internacional na capital paraense durante a COP30.

Posicionamento das autoridades

O Ministério da Justiça e Segurança Pública confirmou as ameaças contra a concessionária e acionou forças federais e estaduais para garantir o fornecimento de energia. A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar os episódios e verificar se se tratam de ações isoladas ou parte de um plano mais amplo da facção.

Relatórios de inteligência foram encaminhados à Abin e ao Gabinete de Segurança Institucional, que monitoram os riscos à infraestrutura crítica e à segurança das delegações internacionais.

Impacto na COP 30

A COP 30, realizada pela primeira vez na Amazônia, é considerada histórica por colocar a região no centro das discussões sobre mudanças climáticas. As ameaças promovidas pelo Comando Vermelho expõem a vulnerabilidade da capital paraense e aumentam a preocupação com a segurança de chefes de Estado e representantes de mais de 150 países.

Por meio das redes socais interlocutores alertam que a atuação da facção em Belém, marcada por intimidações contra empresas e estabelecimentos locais, além de representar ameaça velada pode comprometer a imagem da cidade como sede de um dos maiores eventos ambientais do mundo.