
Os Correios, a estatal responsável pelo serviço postal no Brasil, estão enfrentando uma grave crise financeira que pode resultar no despejo de mais de 200 imóveis alugados. Com um déficit superior a R$ 2 bilhões até setembro de 2024, a empresa luta para manter suas operações em meio a dívidas acumuladas de aluguel, IPTU e condomínio.
De acordo com documentos internos, 122 imóveis já estão sob ação de despejo devido ao não pagamento, e outros 127 contratos estão próximos do vencimento, o que pode agravar ainda mais a situação. A diretoria dos Correios tem buscado redirecionar recursos para evitar o fechamento de agências, mas enfrenta dificuldades para negociar a renovação dos contratos de aluguel.
A crise financeira dos Correios não é recente, mas se intensificou nos últimos meses, levando a empresa a decretar um teto de gastos e a buscar soluções emergenciais para evitar a interrupção dos serviços. A atual gestão afirma que não há planos para fechar agências, apesar das dificuldades financeiras.
Entre os imóveis em risco de despejo estão 206 agências dos Correios, 34 centros de distribuição domiciliar, três centros de tratamento de cartas e encomendas, e um centro de encomendas. A situação é crítica e exige uma resposta rápida para evitar maiores prejuízos à população que depende dos serviços postais.
A diretoria dos Correios solicitou um redirecionamento de R$ 1,5 bilhão para renovar os contratos de aluguel, mas o processo ainda está em andamento. A empresa enfrenta um desafio significativo para equilibrar suas finanças e garantir a continuidade dos serviços em meio a uma das maiores crises de sua história.
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