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CPMI do INSS ouve empresário investigado por fraudes em benefícios previdenciários


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Brasília — A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ouviu nesta segunda-feira (6), o empresário Fernando dos Santos Andrade Cavalcanti, ex-sócio do advogado Nelson Wilians. O depoimento, realizado às 16h no Senado Federal, ocorre em meio às apurações da Polícia Federal sobre esquemas de concessão fraudulenta de aposentadorias e pensões.


Cavalcanti é um dos alvos da Operação Sem Desconto, deflagrada em abril de 2025, que revelou desvios bilionários em benefícios previdenciários. Segundo as investigações, o empresário teria utilizado empresas como a FAC Negócios e a FC Participações Unipessoal para lavar dinheiro oriundo das fraudes, adquirindo bens de alto valor como carros de luxo, relógios e obras de arte.


Durante buscas realizadas em setembro, a PF apreendeu na residência de Cavalcanti, no Lago Sul (DF), uma Ferrari vermelha, uma réplica de carro de Fórmula 1, relógios de luxo e grande quantia em dinheiro vivo. Imagens obtidas pela corporação mostram o empresário estacionando veículos de alto padrão em um shopping de Brasília horas antes da operação ser deflagrada, levantando suspeitas de tentativa de ocultação de patrimônio.


A convocação de Cavalcanti foi aprovada por quatro requerimentos da CPMI, que também autorizou a quebra de seus sigilos bancário e fiscal entre 2015 e 2025, além de solicitar ao Coaf relatórios de inteligência financeira sobre suas movimentações.


Parlamentares pretendem esclarecer os vínculos entre Cavalcanti, Nelson Wilians — já ouvido pela comissão — e Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como um dos principais articuladores do esquema e atualmente preso.


A defesa de Cavalcanti nega qualquer envolvimento com as fraudes e afirma que ele não integra mais o escritório Nelson Wilians Advogados. Ainda assim, a senadora Leila Barros (PDT-DF), autora de um dos pedidos de convocação, destacou que o padrão de vida do empresário é incompatível com suas atividades declaradas.


A CPMI segue com oitivas previstas de ex-integrantes do INSS e representantes de entidades envolvidas nas irregularidades, que, segundo reportagens iniciais, chegaram a movimentar até R$ 2 bilhões em descontos indevidos.



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