Crise diplomática: governo Trump restringe vistos de brasileiros para Assembleia Geral da ONU
- Luana Valente

- 16 de set.
- 2 min de leitura

A menos de uma semana do início da 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, marcada para o dia 23 de setembro em Nova York, o governo brasileiro enfrenta dificuldades para garantir os vistos da comitiva que acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A medida é resultado de uma decisão do governo dos Estados Unidos, que que tem restringido a emissão de vistos para autoridades brasileiras.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, há pendências significativas na liberação dos documentos, o que pode comprometer a participação oficial do Brasil no evento. Entre os afetados estão os ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Ricardo Lewandowski (Justiça), que tiveram seus vistos — ou de familiares — cancelados nas últimas semanas, em uma aparente retaliação política.
A Assembleia Geral da ONU ocorre entre os dias 22 a 26 de setembro e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa na abertura do encontro no dia 23 de setembro. Tradicionalmente, o presidente do Brasil abre os discursos oficiais das assembleias anuais da ONU.
O visto do presidente estaria garantido, mas outros membros da delegação que nunca foram aos EUA ainda aguardam autorização para ingressar no território estadunidense.
Na semana passada, a agência de notícias dos EUA Associated Press (AP) disse ter tido acesso a um memorando do Departamento de Estado dos EUA com suposta avaliação do governo Trump para limitar os vistos da delegação brasileira, iraniana, do Sudão e Zimbábue.
No final de agosto, os EUA revogaram os vistos da Autoridade Palestina (AP) e do seu presidente, o palestino Mahmoud Abbas. A Autoridade Palestina controla parte da Cisjordânia, enquanto o Hamas tinha o controle da Faixa de Gaza. O governo Trump acusou a organização de Abbas de associação com o “terrorismo” no contexto do conflito com Israel.






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