
A crise no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) se aprofundou com a confirmação de novas demissões na diretoria do órgão. Nesta quarta-feira, 22, foram oficializadas as saídas de Ivone Batista e Patrícia Costa, diretora e diretora-adjunta de Geociências, respectivamente. Elas serão substituídas por Maria do Carmo Bueno e Gustavo Cayres.
As demissões ocorrem em meio a um clima de insatisfação com a gestão de Marcio Pochmann, presidente do IBGE, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pochmann enfrenta críticas internas, especialmente pela criação da Fundação IBGE+, considerada por muitos servidores como uma organização paralela que tiraria o protagonismo do próprio IBGE na condução das pesquisas do país.
Outra decisão que gerou contratempos internos foi a mudança de funcionários de uma das sedes no centro do Rio de Janeiro para um prédio na zona sul da cidade. De acordo Pochman, a iniciativa objetiva reduzir despesas uma vez que as transferências foram para as novas salas que pertencem ao governo federal, e não são alugadas.
As divergências internas culminaram na divulgação de uma carta aberta assinada por 134 servidores, incluindo gerentes e coordenadores, que expressaram apoio aos diretores que pediram exoneração e criticaram a gestão de Pochmann por posturas autoritárias e desrespeito ao corpo técnico.
A crise no IBGE levanta preocupações sobre a continuidade e a credibilidade das pesquisas conduzidas pelo instituto, essenciais para a formulação de políticas públicas no Brasil.
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