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CVM mira Petrobras após susto com Mercadante

Foto do escritor: Luana Valente Luana Valente

Presidente da Petrobras publicou mensagem para negar que vá deixar o comando da empresa, mas Mercadante já estaria no aquecimento




A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu um processo administrativo para investigar a divulgação de notícias sobre a Petrobras nesta quinta-feira, 4 de abril.


Esse tipo de ação decorre quando empresas demoram a se posicionar sobre notícias com impacto no valor de suas ações.


A CVM não anunciou o que irá investigar, mas a principal notícia sobre a Petrobras nesta quinta envolveu os rumores da suposta troca do presidente da estatal, Jean Paul Prates, por Aloizio Mercadante (foto).


Saída para jantar

Prates negou que esteja deixando o comando da empresa. Fritado em meio ao debate sobre pagamento de dividendos extraordinário para os acionistas da companhia, ele publicou uma mensagem no X, ex-Twitter, para dizer que vai deixar a petroleira na noite desta quinta-feira, 4, mas apenas para jantar, e volta amanhã.


Na postagem, que reproduz uma conversa de WhatsApp, Prates estaria respondendo à pergunta “Jean Paul vai sair da Petrobrás?”. O presidente da Petrobras faz questão de acentuar o nome da empresa, apesar de esse acento ter sido oficialmente derrubado na década de 1990, no processo de internacionalização da petroleira.

A resposta diz o seguinte: “Acho que após ás 20h02. Vai para casa jantar… E amanhã às 7h09 ele estará de volta na Empresa, pois sempre tem a agenda cheia”.


Mercadante no aquecimento


A aparente confiança do presidente da Petrobras contrasta com o surgimento do nome Aloizio Mercadante para ocupar seu lugar. O governo Lula estaria disposto a lidar com a resistência do mercado para harmonizar as relações entre o comando da estatal e o governo.


O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, admitiu em entrevista na quarta-feira, 3, que existe um conflito entre ele e Prates. O episódio mais recente da disputa interna foi a discussão sobre a distribuição dos dividendos extraordinários da Petrobras.


Prates defendia distribuir 50% dos recursos extraordinários aos acionistas, mas Silveira e o conselho discordaram, diante de discussões sobre o fôlego da estatal para investimentos em energia limpa.


Além dos conflitos com o ministro de Minas e Energia, aliados de Prates admitem que o presidente da Petrobras é alvo de “fogo amigo”, inclusive do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa. Apesar disso, Prates mantém o apoio de lideranças do PT.



O Antagonista













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