
Brasília - A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, anunciou nesta terça-feira (24), que acionou a Polícia Federal (PF), o Ministério Público Federal (MPF) e os tribunais regionais eleitorais para intensificar o combate aos casos de violência que têm ocorrido durante os debates eleitorais deste ano.
A decisão da ministra veio após uma série de incidentes violentos, incluindo um episódio recente em que um assessor do candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), agrediu um membro da equipe do prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), durante um debate organizado pelo Flow Podcast⁴. Em outro incidente, o candidato do PSDB, José Luiz Datena, foi expulso de um debate após agredir fisicamente Marçal.
Cármen Lúcia destacou a necessidade de priorizar as investigações, acusações e julgamentos desses casos de violência, afirmando que tais atos não apenas ferem os envolvidos diretamente, mas também ofendem a sociedade e a própria democracia. "Política não é violência, é a superação da violência. Violência praticada no ambiente da política não apenas agride o indivíduo, mas ofende toda a sociedade e a própria democracia", declarou a ministra.
A presidente do TSE também criticou a postura de alguns partidos políticos, que, segundo ela, não podem compactuar com "cenas de vilania". Ela enfatizou que a democracia exige respeito e que a confiança é fundamental para a convivência civilizada.
Os recentes episódios de violência têm levado a um aumento nas medidas de segurança durante os debates eleitorais, mas, até o momento, essas ações não foram suficientes para impedir novas agressões. Cármen Lúcia reforçou a importância de uma resposta rápida e eficaz das autoridades para garantir a integridade do processo eleitoral e a segurança dos participantes.
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