O senador Davi Alcolumbre (União-AP) foi eleito presidente do Senado Federal pela segunda vez, após uma votação realizada neste sábado. Alcolumbre, que já havia presidido a Casa entre 2019 e 2021, retorna ao cargo com o apoio de uma ampla coalizão de partidos, incluindo PT, PL, PSD, MDB, PP, PDT, PSB e União Brasil.
A eleição de Alcolumbre foi marcada por um resultado confortável, refletindo a frente ampla de apoio que conseguiu reunir. O senador obteve a maioria dos votos, superando os adversários Marcos Pontes (PL-SP) e Eduardo Girão (Novo-CE). Outros candidatos, como Soraya Thronicke (Podemos-MS) e Marcos do Val (Podemos-ES), retiraram suas candidaturas ao longo do processo.
Em seu discurso de posse, Alcolumbre destacou a importância da independência do Legislativo e o poder conquistado nos últimos anos sobre o Orçamento. Ele também mencionou a necessidade de cumprimento de acordos sobre as emendas parlamentares, em referência à crise que se arrasta desde 2024.
O novo presidente do Senado terá como desafio equilibrar a relação entre a oposição e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Alcolumbre foi apoiado formalmente tanto pelo PT quanto pelo PL, e terá que lidar com o impasse sobre emendas envolvendo o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Além disso, Alcolumbre terá que atuar em conjunto com o próximo presidente da Câmara, que tem o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) como favorito, para manter a influência sobre as verbas. A situação é especialmente delicada devido às investigações da Polícia Federal sobre o mau uso das emendas.
Alcolumbre, natural de Macapá, capital do Amapá, tem 47 anos e está em seu segundo mandato como senador. Ele chegou ao Senado em 2015 e foi reeleito em 2022. Antes de sua carreira no Senado, Alcolumbre foi vereador de Macapá e deputado federal.
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