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“Desnecessária, para não dizer injusta”, diz Pacheco em relação a declarações de Haddad

Foto do escritor: Luana Valente Luana Valente

Pacheco emitiu sua declaração em resposta aos comentários do ministro da Fazenda, que enfatizou a importância de tanto o governo federal quanto o Congresso Nacional cumprirem a Lei de Responsabilidade Fiscal


O senador Rodrigo Pacheco, atual presidente do Congresso (PSD-MG), respondeu às críticas feitas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre as posturas adotadas pelo Parlamento em questões fiscais.


“Uma coisa é ter responsabilidade fiscal, outra bem diferente é exigir do Parlamento adesão integral ao que pensa o Executivo sobre o desenvolvimento do Brasil”, disse Pacheco em resposta a Haddad, através de nota divulgada na tarde deste sábado (27).


“Há não muito tempo, criar despesas e renunciar a receitas eram atos exclusivos do Poder Executivo. O Supremo Tribunal Federal disse que o Parlamento também tem o direito de fazer o mesmo. Mas qual é o desequilíbrio? É que o Executivo tem que respeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal, e o Parlamento, não”, declarou Haddad em entrevista à Folha de S.Paulo, publicada no sábado (27).


“É por isso que nós recorremos agora ao STF [na ação sobre a desoneração]. É preciso dizer que o Congresso também tem que respeitar a mesma lei, e que atos que não a respeitem precisam ser suspensos. Se o Parlamento tem as mesmas prerrogativas do Executivo, ele deve ter também as mesmas obrigações”, afirmou Haddad.


“Ninguém quer retirar a prerrogativa de ninguém. Mas não pode um Poder ficar submetido a regras rígidas, e o outro, não. Se a exigência de equilíbrio fiscal valer só para o Executivo, ele não será alcançado nunca”, também disse o ministro.


Pacheco emitiu sua declaração em resposta aos comentários do ministro da Fazenda, que enfatizou a importância de tanto o governo federal quanto o Congresso Nacional cumprirem a Lei de Responsabilidade Fiscal. “A admoestação do ministro Haddad, por quem tenho respeito, é desnecessária, para não dizer injusta com o Congresso”.


Em um comunicado à imprensa, Pacheco fez menção direta às declarações de Haddad.


Leia a íntegra da nota de Rodrigo Pacheco:


“Uma coisa é ter responsabilidade fiscal, outra bem diferente é exigir do Parlamento adesão integral ao que pensa o Executivo sobre o desenvolvimento do Brasil. Até porque o progresso se assenta na geração de riquezas, tecnologia, crédito, oportunidades e empregos, e não na oneração do empresariado, da produção e da mão de obra. Sob o prisma da despesa, não nos esqueçamos que teto de gastos, reforma da Previdência e modernização de marcos legislativos, como o do saneamento básico, são obras do Congresso. Sem contar a pauta de 2023 que cumprimos em favor de uma arrecadação recorde do estado brasileiro. Portanto, a admoestação do ministro Haddad, por quem tenho respeito, é desnecessária, para não dizer injusta com o Congresso.”



BSM

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