
Por determinação do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado federal bolsonarista Eduardo Pazuello (PL-RJ), ex-ministro da Saúde, será investigado pela morte de 31 pessoas por falta de oxigênio em hospitais de Manaus durante a pandemia da Covid.
O sistema de saúde Manaus colapsou em janeiro de 2021 devido os hospitais ficaram sem abastecimento do produto. Medidas imediatas foram tomadas.
No entanto, a Secretaria de Saúde do Amazonas informou que, antes do dia 7 de janeiro, desconhecia que a capacidade máxima produtiva da planta de Manaus da White Martins era de 25 mil metros cúbicos por dia. E o governador alegou que o consumo de oxigênio do Estado saltou de 15 mil para 75 mil metros cúbicos em menos de 15 dias.
No dia seguinte (08/01), o Ministério da Saúde foi informado que a produção de oxigênio em Manaus não daria conta de suprir a demanda dos hospitais. No mesmo dia, aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) começaram a transportar cilindros de oxigênio em gás para Manaus no dia 8, porém, em quantidade inferior à demanda necessária.
Entre os dias 11 e 13 de janeiro, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, esteve em Manaus para, entre outros pontos, promover o tratamento precoce contra a covid-19 com remédios como a cloroquina e a ivermectina, que na época não tinha eficácia comprovada.
Gilmar Mendes é relator do caso que apura a negligência de Jair Bolsonaro e aliados durante a pandemia da Covid, que matou mais de 700 mil brasileiros.
A investigação administrada pelo Ministério Público Federal (MPF), aponta que em documentos, há um relatório da Advocacia-Geral da União (AGU), alegando que a gestão Pazuello sabia do “iminente colapso do sistema de saúde” do Amazonas dez dias antes da tragédia.
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